Alarmes falsos de bombas assustam cidades européias
Agências Internacionais
ROMA - Após os atentados em Londres na semana passada, ameaças de bomba estão deixando os europeus com os nervos à flor da pele, imaginando qual será a próxima cidade a ser atacada e tendo que lidar com alarmes falsos.
Os londrinos, que tentam se recuperar dos atentados de quinta-feira passada, tiveram que enfrentar uma série de ameaças e desocupações de emergência. Na segunda-feira, a Whitehall, uma rua que abriga vários prédios do governo, foi fechada por mais de meia hora para que a polícia investigasse um pacote suspeito. A estação de King's Cross, um dos alvos do ataque, também foi fechada brevemente por um alerta de segurança.
Nesta segunda-feira, a polícia britânica informou que uma pessoa foi presa em conexão com um falso alerta de atentado que levou as autoridades a retirarem milhares de pessoas do centro de Birmingham no sábado passado, informaram fontes oficiais. A identidade da pessoa detida não foi revelada.
No sábado, dois dias após os ataques a Londres, cerca de 20 mil pessoas foram retiradas do centro da segunda maior cidade da Inglaterra após a polícia ter recebido o alerta que classificou como digno de credibilidade sobre um possível atentado. Os agentes realizaram quatro explosões controladas de pacotes suspeitos, antes de reconhecer que se tratava de um alarme falso. Segundo a polícia, um dos pacotes tinha fios e um interruptor.
Mas Londres não está sozinha. Itália e Dinamarca, que como a Grã-Bretanha são aliadas dos Estados Unidos na guerra do Iraque, também foram alvos de falsas ameaças de bomba e de mensagem intimidadoras veiculadas pela internet.
- É claro que estamos com medo, mas o que podemos fazer? Temos de trabalhar, temos de pegar o metrô para chegar ao trabalho - disse Adriano Lardera, de 64 anos, ao entrar na lotada estação Duomo do metrô de Milão, ao lado da catedral da cidade. - A vida continua. Se acontecer, aconteceu.
- Não há motivo para nenhum alarmismo especial - disse o ministro das Relações Exteriores, Gianfranco Fini, respondendo pergunta de um repórter sobre se ele achava que a Itália seria o próximo alvo dos terroristas.
- Mas há ainda menos motivos para não agir com convicção e determinação.
Nos últimos dias, Roma teve que esvaziar um terminal do aeroporto internacional, uma rua perto da casa do ministro do Interior e os escritórios de um grande banco.
Na Dinamarca, a polícia isolou nesta segunda-feira a praça do Palácio Real de Amalienborg, residência da família real dinamarquesa, após uma bolsa abandonada ter sido encontrada nas imediações. Agentes de uma unidade especial foram deslocados para o local para verificar a bolsa e verificar se poderia haver explosivos, disse o porta-voz da polícia a agência Ritzau.
Nenhum membro da família real estava no palácio no momento do incidente. Segundo a polícia, não houve necessidade de retirar os funcionários da residência real. Há três dias, uma outra bolsa abandonada na estação Noerreport, em Copenhague, fez com que as autoridades interrompessem o tráfego de trens e metrô por mais de uma hora.
Todos os incidentes revelaram-se alarmes falsos, mas deixaram os europeus sensíveis e temerosos. Até quedas de energia normais e atrasos de trem conseguem causar momentos de pânico.
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